Amados irmãos e irmãs!
Hoje, quero compartilhar uma reflexão que tem me inquietado e, acredito, que é crucial para todos nós que fazemos parte do Corpo de Cristo. Quero que pensemos sobre a pergunta: Estamos realmente fazendo tudo o que podemos, ou somos chamados a fazer muito mais pelo Reino de Deus? Será que não estamos, muitas vezes, nos contentando com o mínimo, enquanto há um mundo esperando para conhecer a Jesus?
A Bíblia nos desafia constantemente a ir além, a ser sal e luz, a não esconder a nossa fé debaixo de um alqueire. E a figura de André, um dos primeiros discípulos de Jesus, nos oferece um modelo inspirador de como podemos viver essa plenitude no serviço a Deus.
O Pouco em Nossas Mãos, o Muito nas Mãos de Deus
A segunda cena que destaco de André acontece em um momento de grande necessidade. Em João 6:8-9, Jesus está diante de uma multidão faminta de cinco mil homens, além de mulheres e crianças. Os discípulos estão perdidos, sem saber como alimentar tanta gente. É nesse momento que André se levanta e, apesar de suas dúvidas, apresenta uma solução aparentemente insignificante: "Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes; mas o que é isto para tantos?"
André foi o único a enxergar o "pouco" que havia disponível e, mesmo com um certo ceticismo ("mas o que é isto para tantos?"), ele apresentou esse pouco a Jesus. E o que aconteceu? Jesus pegou aqueles poucos pães e peixes, abençoou-os, e os multiplicou de tal forma que todos comeram fartamente, e ainda sobraram doze cestos cheios!
Aplicação prática: Quantas vezes olhamos para nossas próprias capacidades, nossos recursos, nosso tempo, e pensamos: "É tão pouco! O que eu posso fazer diante de um mundo tão necessitado, diante de tantos desafios na igreja, na sociedade?" Talvez você pense: "Eu não sou bom em pregar, não tenho muito dinheiro para ofertar, não tenho tempo disponível."
Mas a lição de André é clara: Não é sobre quanto você tem, é sobre o que você está disposto a entregar nas mãos de Jesus. Deus não precisa do muito dos nossos padrões, Ele precisa da nossa disponibilidade. Ele precisa do nosso "menino" com seus "cinco pães e dois peixes".
Você tem um talento? Entregue-o a serviço do Reino.
Você tem algumas horas livres na semana? Ofereça-as para servir na igreja, em um projeto social.
Você tem a capacidade de ouvir? Seja um ombro amigo e aponte para Jesus.
Você tem a habilidade de cozinhar, organizar, planejar? Coloque isso à disposição.
Quando apresentamos o que temos, por menor que pareça, a um Deus que é infinito em poder e amor, Ele tem a capacidade de multiplicar e fazer algo extraordinário. Nosso papel é apontar o "menino", ou seja, apresentar o que temos, e confiar que o Senhor fará a multiplicação.
Nosso Chamado para Fazer Muito Mais
Amados, a Igreja de Cristo não foi chamada para ser um clube social ou um lugar de mero conforto. Fomos comissionados por Jesus a ir, fazer discípulos e impactar o mundo. A urgência da colheita é grande!
Se André, um pescador simples, conseguiu ter um impacto tão grande – não apenas levando seu irmão Pedro, mas também encontrando a "solução" para a fome de uma multidão – imagine o que nós, como uma comunidade de fé, podemos fazer se cada um de nós decidir ir além do mínimo!
Que o exemplo de André nos inspire a:
Ser evangelistas em nosso lar, buscando incansavelmente levar nossa família e amigos a Jesus.
Entregar a Deus o que temos, por menor que pareça, confiando que Ele é o Deus da multiplicação e que fará o muito com o nosso pouco.
Não somos chamados a ser espectadores, mas a ser protagonistas na história do Reino de Deus. Que hoje, cada um de nós saia daqui com um renovado desejo de fazer muito mais pelo nosso Senhor.
Que Deus nos abençoe e nos capacite para cumprir esse chamado! Amém.
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